terça-feira, 12 de janeiro de 2010

panta rhei

Tudo flui, tudo escorre...O tempo (time) e a sua perpétua escorrência. Dinâmica de fluidos. Estou neste momento em Seattle, retido no hotel do aerporto, por causa do tempo (weather). A água (water) não flui, está congelada, é um sólido alvo de tonalidade nívea. Mas o coreção bate, bate ritmadamente, hemoglobina que escorre em movimento circular acelerado, compassado com o pensamento de saudade da pequena Myriam e sua mamã, lá ao Sul, em Hollywood, lenho santo do meu calvário.

Santarém, Cartaxo, o Sítio do Tremontelo, ficaram para trás, já são recordações vagas, esfumadas no smog das memórias velhas. Recordam uma ferida velha mal sarada e deixam uma grande melancolia.

Este blogue está há muito parado e, provavelmente, poucas vezes aqui voltarei. O meu gémeo tem a intenção de publicar aqui os meus textos antigos. Deixo isso ao critério dele e não interferirei. A todos os meus antigos leitores desejo um ano de 2010 excelente.

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